terça-feira, 26 de março de 2013


Sempre dizemos que o método Kumon induz ao autodidatismo.

Mas o que seria ser um aluno autodidata e qual a sua importância na sua formação profissional e pessoal?


O Kumon é um método de ensino diferente, individualizado, independente e, muitas vezes, mais eficaz do que qualquer outra forma de se adquirir conhecimento; ele trata de como uma pessoa pode tornar-se um autodidata - alguém capaz de aprender por si próprio, ou ensinar a si mesmo.

Tornar-se um autodidata não é tarefa para qualquer um. Há pessoas que precisam de professores para aprender e não há nenhum mal nisso. Na verdade, ser autodidata não significa abrir mão dos professores. A grande vantagem de ser um autodidata é aprender mesmo quando não é possível ou quando não existem professores disponíveis.

                 Um autodidata torna-se soberano e independente.

            A parte mais valiosa do processo do auto-aprendizado é o saber conseguido por seus próprios meios. Sem depender de outros e, principalmente, sem a influência, algumas vezes maléfica, que os guias podem trazer. 
Quem não detesta uma disciplina em razão de traumas causados por um mal professor? Isso representa um prejuízo sem tamanho para o estudioso: a disciplina não é ruim por si, e nem o mundo deixará de exigir seu domínio simplesmente por ter tido o estudante a infelicidade de sofrer a má influência de um amargurado qualquer.
Isso não é algo teórico nem difícil de se conseguir. Digamos que você queira aprender a fazer páginas para a Internet. Feche os olhos e pense: "Eu vou aprender a fazer páginas para Internet. Vou procurar informações por minha própria conta. Se necessário eu compro um livro ou peço ajuda a alguém. Mas vou aprender."
Esqueça de pensamentos do tipo
"- É difícil.", ou
"- Alguém irá me ensinar".
Fechou os olhos? Pensou? Parece-lhe difícil? Então voltemos ao modo tradicional de aprender. Quem seria seu melhor professor? Em algum lugar ele existe! Vamos construir seu perfil, que isso facilitará a tarefa de encontrá-lo. Como seria ele?
  • Alguém que soubesse exatamente o que você quer aprender;
  • alguém que entendesse seu jeito de ser;
  • alguém que entendesse seu ritmo de aprendizado e o aceitasse;
  • alguém que seja capaz o suficiente;
  • alguém que não o pressione além dos seus limites;
  • alguém que não pare de lhe ensinar simplesmente porque acabou o período das aulas;
  • alguém que esteja sempre disponível no horário de que você dispõe;
  • alguém que se interesse pelo tema tanto quanto você.
E por aí você pode prosseguir com suas próprias exigências. Feche os olhos novamente e pense um pouco. Onde encontrar tal mestre? Quem poderia ser essa pessoa?

Sem lhe conhecer pessoalmente, eu já tenho a resposta. Provavelmente você também já tenha. Você mesmo! Claro, quem seria tão dedicado a lhe ensinar a não ser você mesmo?

Mas agora há a diferença crucial: você irá em busca do conhecimento. Ativamente. Com total disposição. A escolha é sua. Seu professor é você mesmo. O ritmo é o seu. O avaliador é você. 

Não pode haver melhor escola.

A grande maioria das pessoas têm as ferramentas necessárias para se tornar um autodidata. Apenas algumas as desenvolvem naturalmente e fazem uso delas. As demais se dividem em dois grupos: os que se rendem à necessidade do saber e vão para escolas, nem sempre boas e que, invariavelmente, deixam aquela sensação de "o curso não foi tão bom assim..."; e um outro grupo que sucumbe à ignorância e se torna dependente de quem detém o conhecimento. Não há época ou idade para se desenvolver ou utilizar essas ferramentas.

É uma questão de necessidade mas, principalmente, de amadurecimento. As ferramentas necessárias a um autodidata são:
  • Curiosidade ou Necessidade
  • Ambição
  • Disciplina
  • Postura

Há uma infinidade de situações que exigem disciplina para que possamos conviver em sociedade. Sabemos que a disciplina assim estabelecida, sem exageros e sem tolher a liberdade, é adequada, necessária e produz bons resultados para todos. Ou seja, a disciplina em uma boa ferramenta em várias situações.
O uso da disciplina em benefício próprio é algo que requer alguma prática, mas é essencial a quem busca o conhecimento. O autodidata deve impor objetivos (o que aprender, com que profundidade), estabelecer táticas para atingir seu objetivo (onde, como e o que pesquisar) e propor prazos. O melhor tipo de prazo é aquele que estabelece ritmo para o estudo: uma hora por dia, por exemplo. Mas pode-se também estabelecer prazos finais para se atingir os objetivos, dedicando-se o tempo que se julgar necessário a cada dia.

Se alguém sabe eu também posso saber. Eu sou capaz de saber. E eu posso saber mais. E posso mesmo descobrir que o que se sabe está errado e deve ser descartado. E o que o professor diz é questionável. Aquilo é ou é apenas o entendimento ou a interpretação dada pelo professor?

A todas estas dúvidas, responde o autodidata: "Eu sou capaz de entender, vou entender." Copiar o que os outros fazem não é algo adequado.
O autodidata normalmente volta à pergunta original que lhe fez despertar o interesse pela questão e apreende o todo segundo sua necessidade, seu próprio método e pela sua própria satisfação. Isso é soberania.


O kumon é isso: Aprender de forma independente com o maior comprometimento de tempo que se permitir ou conseguir alcançar, seja esse período minutos ou horas por dia. Manter-se comprometido a um cronograma e minimizar as distrações vai ajudar você a se manter mais eficiente. 

Você precisa ter consciência de suas fraquezas e pontos positivos e prevenir que possíveis problemas e obstáculos desanimem e prejudiquem seu desempenho. O Kumon permite que você resgate falhas no aprendizado, desenvolvendo boa memória, raciocínio, capacidade de concentração e tantas outras habilidades.

O fato de que você está engajado em uma atividade de aprendizado independente já demonstra certo grau de motivação, porém, mesmo assim, ela deve ser sempre mantida e alimentada. Manter um padrão, regras ou cronograma de estudos ajuda você a perseverar mesmo quando os objetivos parecem estar longe demais para serem alcançados.

Se você começou esse curso sozinho, nada pode exigir de você que o finalize. Se perceber que não está conseguindo conciliar todas as suas responsabilidades com o curso, interrompa o processo e retome quando tiver o tempo disponível. O importante é que tudo seja feito com uma mentalidade positiva, sem cobranças exageradas ou expectativas fantasiosas.

Você precisa saber sempre mais. Desde que sabia o básico primeiro.


Bibliografia: Agostinho Rosa: "Como tornar-se um autodidata"

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